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A crise na relação de casal após a chegada dos filhos



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Neste texto escolho falar desse recorte da crise que acontece após a chegada dos filhos.


Antes eram apenas 2 e toda uma vida voltada a esse casal, desde a forma como arruma e cuida da casa, à energia toda voltada para o trabalho e para os prazeres do casal, como sair com amigos, viajar...de forma muito mais independente e livre.


Mesmo para quem já tinha um filho e nasce um segundo, também há um espaço para essa crise aparecer porque uma nova demanda de reajuste do sistema familiar torna-se necessária.


Crise não é algo ruim, mas uma mudança que pede uma transição de um lugar que não cabe mais ou não funciona mais para um lugar novo que pede novas formas de funcionar e de se relacionar.


E esse é o grande salto de desenvolvimento que o casal precisa dar com a chegada de um filho.


Fazer uma transição para uma nova forma de se relacionar e se cuidar, com novos propósitos, acordos, rituais e encontros.


O desafio é grande porque ao mesmo tempo em que a relação de casal precisa ser revista e reformulada outras grandes mudanças e transições também estão acontecendo individualmente como no desenvolvimento do papel de pai, mãe, filho, filha, da relação com o trabalho, com o tempo, com os amigos, consigo mesmo...


O nascer de uma criança também é um renascer de seus cuidadores. Uma oportunidade para resgatar sua história, se autoconhecer e se desenvolver enquanto indivíduo e casal.


Pede-se muita escuta e diálogo interno e com o outro.


Mas muitas vezes o que se encontra é um desencontro.


Um desencontro na forma do cuidar, do compartilhar as responsabilidades, do se apoiar e do se relacionar com o mundo que está fora (família de origem, trabalho, amigos...) e o que está dentro (o próprio tempo, interesses, prazeres...)


Muitas vezes há um grande descompasso de como a experiência de ser mãe e ser pai afeta uma mulher e um homem. Acessamos subjetividades muito diferentes, tempos e necessidades diferentes. E muitas vezes não nos reconhecemos mais.


Aparece solidão, sobrecarga, aumento do estresse, falta de tempo e limites são ultrapassados em muitos momentos.


Difícil às vezes encontrar um fôlego, um respiro para esse casal se olhar e se reencontrar.


Entramos às vezes numa dinâmica de cobrança e culpabilização mútua, acessando frustrações e ressentimentos.


Quando chegamos nesse momento é preciso parar essa engrenagem. Precisamos abrir o diálogo para promovermos esse reencontro. Um tempo a dois. Um momento de cuidado, de escuta, de respiro.


A terapia de casal após nascimento dos filhos pode ser uma ótima oportunidade para se verem e se escutarem num campo cuidadoso, sem julgamento e crítica. Um espaço para estar a dois somente. Um compromisso com o cuidado do vínculo. Uma oportunidade para se reconhecerem e reestabelecerem uma nova forma de se relacionar que caiba essa nova formação familiar.

 

 

 
 
 

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Psicóloga | Psicoterapeuta CRP 06/10042

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